Capacitar os defensores do albinismo como defensores dos direitos humanos

O Especialista Independente das Nações Unidas em Albinismo afirma categoricamente que os líderes de grupos de albinismo devem identificar-se e ser reconhecidos como defensores dos direitos humanos para poderem beneficiar de uma proteção eficaz. Fazendo eco do Relator Especial da ONU sobre os defensores dos direitos humanossem este reconhecimento, os defensores dos direitos humanos com albinismo permanecem inconscientes sem este reconhecimento, os defensores dos direitos humanos com albinismo permanecem inconscientes dos seus direitos como defensores, não têm acesso a redes de apoio de pares ou outras e não recebem proteção do Estado, da sociedade civil ou da comunidade internacional.

Resposta proactiva da AAN  

Um inquérito inovador: O inquérito da AAN de 2022 inquérito em 48 países africanos revelou que 70% dos grupos de albinismo estão ativamente envolvidos na defesa dos direitos humanos, incluindo medidas para lidar com ataques rituais,destacando o papel crucial que esses grupos desempenham para desafiar as percepções e defender os direitos das pessoas com albinismo.

Envolvimento com a UA e a ONU: A AAN, em colaboração com defensores dos direitos humanos de pessoas com albinismo, tem sido fundamental para moldar o discurso na UA e na ONU através de relatórios sobre direitos humanos. Promovemos a a implementação do Plano de Ação da União Africana sobre o Albinismo (2021 - 2031) a nível nacional (através de Planos de Ação Nacionais sobre o Albinismo), em colaboração com governos, organizações comunitárias e parceiros internacionais. Embora o Plano de Ação da UA sobre o Albinismo não use o termo defensores dos direitos humanos, todos os seus quatro pilares listam acções prioritárias para apoiar entidades que representam pessoas com albinismo. Essas entidades também têm responsabilidades no plano de relatar e recolher dados. O seu envolvimento com o governo e entidades regionais, tais como a UA, também servem como indicadores de sucesso no Plano.

Kit de ferramentas para defensores: Para ajudar os defensores dos direitos humanos das pessoas com albinismo, a AAN elaborou um mini-kit de advocacia sobre como envolver mecanismos internacionais e regionais.

Formação e desenvolvimento: A AAN fornece desenvolvimento de capacidades, aconselhamento estratégico e apoio de advocacia para defensores dos direitos humanos com albinismo. Reforçamos a sua eficácia junto de entidades globais e regionais para uma advocacia mais impactante e persuasiva em organismos internacionais, como a União Africana e as Nações Unidas.

As iniciativas de formação da AAN envolveram 53 grupos de 16 países africanos, sendo a maioria das sessões de formação realizadas virtualmente. Saiba mais sobre Fórum de Aprendizagem 2023 da AAN.

Uma grande procura: A AAN realizou mais de 30 workshops e fóruns de formação destinados a reforçar as capacidades dos defensores dos direitos humanos que defendem a causa do albinismo. De forma consistente, os participantes classificaram estes fóruns como altamente impactantes. No entanto, dada a grande procura e as limitações de recursos, apenas uma fração dos potenciais beneficiários foi alcançada. A nossa formação chegou apenas a 48 organizações no nosso inquérito. Além disso, para além do inquérito, existem ainda 177 grupos de albinismo em África que não conseguimos alcançar devido a recursos limitados.

Oportunidade 

O caminho a seguir é claro: para defender verdadeiramente os direitos das pessoas com albinismo, temos de continuar a capacitar, educar e apoiar os seus defensores para que se identifiquem e sejam reconhecidos como defensores dos direitos humanos. A viagem já começou, mas ainda há muito caminho a percorrer.